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Mostrando postagens de janeiro, 2013

06h34

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Tô em São Paulo, aqui o céu nunca é azul   Eu tô aqui cantando um samba com sotaque do Sul...

#3

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 Acredito que noção é algo que perdemos quando estamos apaixonados.  Primeiramente perdemos a noção do tempo, sendo que o mesmo que levava seu tempo exato para passar ou até mesmo passava a impressão de levar mais tempo, agora passa em questão de segundos... segundo esses que quando nos damos por conta, já é hora de ir embora.  Depois perdemos a noção de diversas outras coisas, como da altura das gargalhadas, dos estalos dos beijos, das carinhas bonitinhas para foto, perdemos a noção da vontade que temos de querer ficar com ele e até mesmo perdemos a noção de raciocinar.  O mais interessante ainda de quando se está apaixonado é que o outro perde a noção - embora já dito - do quanto o seu sorriso faz bem; do quanto o seu abraço faz a pessoa abraçada se sentir segura; do quanto um simples olhar já diz tudo; do quanto TODAS as coisas remetem a um só indivíduo; do quanto cheiros, sabores e sons fazem a gente sorrir ao se lembrar dele; do quanto ele é importante para

Celebração da fantasia

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Foi na entrada da aldeia de Ollantaytambo, perto de Cuzco. Eu tinha me soltado de um grupo de turistas e estava sozinho, olhando de longe as ruínas de pedra, quando um menino do lugar, esquelético, esfarrapado, chegou perto para me pedir que desse a ele de presente uma caneta. Eu não podia dar a caneta que tinha, porque estava usando-a para fazer sei lá que anotações, mas me ofereci para desenhar um porquinho em sua mão. Subitamente, correu a notícia  E de repente me vi cercado por um enxame de meninos que exigiam, aos berros, que eu desenhas em suas mãozinhas rachadas de sujeira e frio, pele de couro queimado: havia os que queriam um condor e uma serpente, outros preferiam periquitos ou corujas, e não faltava quem pedisse um fantasma ou um dragão. E então, no meio daquele alvoroço, um desamparadorzinho que não chegava a mais de um metro do chão mostrou me um relógio desenhado com tinta negra em seu pulso:  - Quem mandou o relógio foi um tio meu, que mora em Lima - disse. -  E