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A felicidade pode ser um grande motor criativo para alguns, no entanto a tristeza tende a movimentar muito mais as palavras dentro de mim. Talvez pela necessidade de expulsar a dor, talvez pela tentativa de encaixar algumas peças de um quebra-cabeças sem explicação.
No meio desse turbilhão, a saudade pesa no peito. A tristeza inunda os olhos. A dúvida preenche os dias e os pensamentos em busca de uma resposta ou pelo mínimo de entendimento sobre o que era ou não verdade. 

Como o que pode ter sido especial, bonito e diferente se transforma em absolutamente nada de um dia para o outro? 
Como que o que era dito, prometido e planejado se perde em questão de horas?
Como que os desejos de boa noite e os dizeres de saudade e gostar se esvaem num piscar de olhos?
Como que a consciência descansa ao ferir o outro e ao enganar-se a si mesmo?
Como? De que forma? Por qual motivo? Infelizmente, eu não sei e talvez nunca saberei.

No meio de tantas interrogações, eu escrevo. Escrevo um e-mail sem resposta, escrevo um texto que não irão ler, escrevo lembretes mentais para mim mesma na tentativa de organizar o leque de incertezas que cada vez se abre mais diante do que vi e vivi.

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