O vazio do que existiu

A ausência do bom dia. 

A falta do questionamento: teu adormecer foi tranquilo? 

O não tocar de uma música, supostamente, selecionada a dedo para uma nova manhã. 

Do mesmo modo, a não escolha de uma canção para embalar teu sono na noite anterior. 

A carência do apelido e suas variantes carinhosas.

A saudade do compartilhar cada pequena ação do dia, de recordar as sutilezas de cada encontro e de todo o processo.

O desejo de boa noite, bons sonhos e durma bem que não chegam mais.

Depois de tantas palavras, planos e mapas, hoje o que não se cruzam mais são os nossos caminhos.

Isso é sobre a dor da decepção, a quebra de um sentimento, o vazio do que existiu

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