Domingo

 

Na simples bolsa transversal, carrega somente o mínimo. Celular, chave e identidade. Um espaço diminuto combinado à real necessidade das coisas.

Sobre as rodas da bicicleta, constata carregar outras mais. Carrega a vida que tem. Por vezes, em certas vias, carrega também a mente vazia. Por outro lado, em determinadas curvas da cidade que percorre, leva pensamento e coração cheios daquilo que imaginou um dia.

Para cima e para baixo com o que é prescindível. 

Para baixo e para cima com o que é indispensável.

Passeia por caminhos que significam, onde por fim, percorrer o trajeto mais longo não a faz se importar grandemente com isso.

É manhã de um domingo de verão.

Quente, porém nublado.

E sobretudo, ainda (in)certo.

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