sexta-feira


Noite
e nenhuma diferença dentre as demais,
se não fossem os monólogos travados há alguns dias.
Dias,
nem bons
nem ruins,
apenas dias.
A cada 24h, discursos nascem.
Surgem da necessidade de virar conversa,
no entanto, viram apenas mais um registro nas páginas quadriculadas
do velho conhecido caderno que possui minhas iniciais.
E nesse confessionário,
de toque aveludado 
ou seja lá o que for que nem mesma consigo descrever,
a caneta
de ponta fina
e tinta escura,
marca,
registra e
tinge cada quadradinho presente nas folhas amareladas,
as quais ainda assim, são fortes o suficiente para garantir que não irão avariar a conversa-registro do dia anterior.
Assim desliza, 
flui, 
percorre
como se fosse substituir,
porém miseravelmente,
as inúmeras horas de diálogo um dia já realizado.









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