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Mostrando postagens de janeiro, 2021

Trinta de janeiro

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20:49 Em tempo. Dia da saudade Sentimento que faz do peito um lugar perfeito para habitar. Algumas vezes, ocupando um canto. Em outras ocasiões, preenchendo tudo. Assim se faz presente,  do dormir ao acordar. Frequente e insistente sentir. Onde não dizer nada é também falar sobre ela. Por isso, preciso dizer mais alguma coisa?

mind

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Minha mente borbulha. Meu caldeirão de ideias que normalmente se mantém em fogo baixo, de tempos em tempos, ferve .  Pensa nas pendências, repassa lembranças, se perde entre o que foi sonho na noite passada e o que foi vivido no dia anterior. São 6:30 e ele borbulha, levantando fervura desde as 4:00.  O único cuidado que tomo, porém na maioria das vezes falho, é não deixar transbordar.  Kim Collister

Casa das flores

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Porto - 30.jan.2014 Cena de filme ou vida real? Ambos, talvez. Um frame do cotidiano. Observar e imaginar.  Seria um pedido de desculpas? Uma delicadeza para o primeiro encontro? A gratidão por aquela ajuda no momento de atrapalhação? Um carinho espontâneo? Um ato para comemoração de uma data especial? O eu te amo materializado no gesto? Uma surpresa de aniversário? A parabenização por alguma conquista? Uma homenagem para alguém que partiu? Ou o simples desejo de colorir e alegrar um recinto cinzento? Indagações formadas pelos anseios vindos da minha cabeça. Deduções através da solicitação misteriosa que chega à pequena  Maison des Fleurs. Por fim, aqui acabam as possibilidades. Só não se esgota o interesse em querer saber os desfechos dessa cena. P.S.: Resgatada do HD, uma recordação prestes a fazer aniversário. Lembro exatamente do dia em que realizei esse registro. Aconteceu nos últimos instantes da minha segunda ida à cidade do Porto/Portugal. Lugar que ganhou meu coração enquant

coastline

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O litoral tem disso. A paisagem que todos conhecem. A imensidão que todos também contemplam. Um velho conhecido que sempre encanta. Costa é também dicotomia. Zona de conforto para quem fica no raso, mas também via de entrada para quem se arrisca ressignificar. É desafio e oportunidade de ir profundamente. Seja naquilo que se é, por aquilo luta, a quem ama ou pelo que sonha. Basta escolher! É espaço variável. É ambiente flutuante. Conceitual e sentimentalmente falando. Vem em ondas. Oscilantes ondulações que impõem ora maré alta, ora maré baixa. Trazendo novamente à margem aquilo que foi dito um dia junto à extensa faixa de areia. Registro de um mesmo oceano. Momento de um outro hemisfério. "wipe the salt from my eyes" Mantaraybryn

Domingo

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  Na simples bolsa transversal, carrega somente o mínimo. Celular, chave e identidade. Um espaço diminuto combinado à real necessidade das coisas. Sobre as rodas da bicicleta, constata carregar outras mais. Carrega a vida que tem. Por vezes, em certas vias, carrega também a mente vazia. Por outro lado, em determinadas curvas da cidade que percorre, leva pensamento e coração cheios daquilo que imaginou um dia. Para cima e para baixo com o que é prescindível.  Para baixo e para cima com o que é indispensável. Passeia por caminhos que significam, onde por fim, percorrer o trajeto mais longo não a faz se importar grandemente com isso. É manhã de um domingo de verão. Quente, porém nublado. E sobretudo, ainda (in)certo.

Aqui

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Aqui.  Espelho daquilo que sou ou já fui um dia. Reflexo daquilo que sinto,  vejo,  sonho  e penso. E isso não é nenhuma novidade. Aqui. Lugar onde, há tempos, arrisco a me expressar. Do jeito que for  E na hora também. Guardando memórias do agora para depois. E isso, do mesmo modo, não é novidade. Aqui, quem já fui um dia ( segue abaixo ) Aqui. Lugar onde, na mesma proporção temporal, tem predominado o seguinte questionamento:  "Calar ou compartilhar?" Calar sentimentos e suas derivações? Ou compartilhar o misto entre eles presentes nas recorrentes lembranças, experiências, vazios e délicatesses ? Aqui, por fim, escrevo. Sobre mim. Um presente para quem lê e se identifica. Ou uma incógnita para quem lê e vai embora. Ao final, faço mais um questionamento. Nele, a habitual frase dos filmes de suspense ou similares "Tem alguém aí?"

Nascimento

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Ideias que surgem assim, de repente. Involuntárias como as batidas do coração. Nessa involuntariedade se fazem presentes. Geradas por estímulos. Nutridas por sentimentos. Surgem mostrando a insuficiência do meu interior em mantê-las assim, guardadas. É como se gritassem: "É necessário espaço!". Para elas e para outras. Assim,  nascem . Nascem no papel ou na tela. Nascem no rabisco ou na foto tirada em algum lugar da cidade que já foi especial. Nascem inusitadamente. Hoje nasceu aqui. No meu bom, mas nem tão velho, caderno quadriculado. Cabe a ele então o registro. De  tanto e muito.  

Get It Right

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" But I was hoping for eternal love No one can blame me for trying " Hajk - Get It Right

um título sem título

Entre a frequência de apagões.  Entre o prazer das (re)descobertas. Entre a insistência das angústias. Entre a efemeridade das alegrias. Entre o que agrada e também desagrada. Entre a flexibilidade para novos hábitos e a permanência em pensamentos antigos. Entre passado,  presente  e futuro.  Junto e misturado.

Sons do silêncio

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Aqui eles têm estado Há algumas semanas Muitos dias E incontáveis horas. De dentro para fora. De fora para dentro, manifestam-se. Através de melodias tocadas que, por consequência, tem me tocado ( para ouvir, clique aqui ).  Por meio do ruído ao digitar o conjunto de palavras que emanam do pensamento e sua consequente ressonância em voz alta, na busca por sentido e forma para tudo isso. Silêncio que diz muito.  Responde tanto.  Mas que ao mesmo tempo deixa lacunas e imensos espaços em aberto, iguais aqueles presentes nas palavras cruzadas que por algum motivo (?) - fuga, dificuldade, desinteresse ou esquecimento - não conseguimos completar. E nesse momento, o temporal que chega de repente, depois de uma sequência de dias quentes, contribui para esse silenciar paradoxalmente barulhento. Interna e externamente. Silencia com a falta de luz, energia e cor.  Mas quando o ar-condicionado apitar é sinal de que tudo voltou (ou quase tudo). O som, a luz, a energia...  E quem sabe, talvez, a esp

tempo bom

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Tem dias que aquece . Em outros, alegra . Por vezes, aconchega . Como também  acalma . No fim, sempre ajeita .

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Tudo nela brilha e queima - Ryane Leão  

Paradeiro

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Chegada a noite, no seu pensamento, surge o seguinte questionamento: Para onde vão as coisas?  Assim, reflete.  Pensa um pouco.  Raciocina um tanto. Lembra que na prateleira mais alta do armário, fora de vista, lá residem alguns registros. Verifica que no interior da antiga agenda, a qual exerceu esporadicamente seu verdadeiro papel no último ano, um detalhe encontra-se fixado. Explora seu email  e constata ainda a existência de uma correspondência dentre as 2.220 mensagens na caixa de entrada. Examina as gavetas, vendo que nelas, outras se reúnem com os demais objetos metodicamente organizados. Sobre as materialidades, supõe que estas ocupam o espaço.  E por ora, é isso. O que não significa trégua. A noite avança e as indagações dentro dela progridem: E quanto ao paradeiro dos sonhos roubados, dos desejos não realizados, dos planos incompletos? Para onde estes vão? Assim, reflete.  Pensa um pouco.  Raciocina um tanto. Novamente. Ao final conclui que, nesse caso, essas outras sim possu

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No trajeto,  a analogia que emana a partir do que é visto.  Na estrada,  o elemento capaz de aconchegar a tudo e a todos prontamente sob sua sombra,  dada imponência,  graça,  imensidão e compaixão características. No caminho,  ao mesmo tempo,   a solitude experimentada. Existente da manhã ao fim do dia, como também em meio as raízes crescentes que danificam o solo. Complexidades intrínsecas. Da figueira.  E de muitos.